Reportagem: ASCOM/RAIZ DA TERRA
Imagem: ASCOM/RAIZ DA TERRA
19/02/2019 - 17:00

A falta de chuva está causando uma série de prejuízos aos produtores rurais de Talismã e região. Também é pauta da Defesa Civil Municipal. O Coordenador - Agente de Defesa Civil João Carlos Lopes está percorrendo várias propriedades atingidas pela estiagem, analisando e coletando dados para um possível processo de decretação de situação de emergência por crise econômica, caso a situação se agrave.

Uma boa parte das lavouras de soja no município e região está sendo perdida por causa da estiagem que se estendeu além do previsto em 2018. O retorno das chuvas nos últimos dias alivia apenas a situação das plantações cultivadas mais tarde. Já para as áreas semeadas mais cedo, em outubro e novembro, as lavouras foram comprometidas. Além do rendimento ruim nas sacas colhidas, a má qualidade dos grãos também preocupa os produtores.

Esse é o segundo registro de perda de lavoura por seca e estiagem desde a implantação do Município em 01 de janeiro de 1997. A possível decretação de situação de emergência pode garantir reparações legais aos produtores rurais no cumprimento de seus compromissos com compradores e bancos financiadores. Como a agricultura é uma das duas bases da economia de Talismã, toda a comunidade acaba sentindo as consequências dos danos nas lavouras. Por isso, que, da Defesa Civil Municipal, continuará fazendo as visitas às lavouras e o levantamento da documentação que possa comprovar os prejuízos para o possível processo de pedido de decretação de situação de emergência.

Desde o dia 18 de janeiro, a equipe da Defesa Civil vem dia a dia visitando as propriedades e apoiando os produtores no necessário. Na Fazenda Bom Jesus, os agricultores contabilizam um prejuízo na produção da soja em função da severa estiagem. A estimativa é que o prejuízo chega a 75% da produção, a seca impactou diretamente toda a área plantada de soja na propriedade e nas demais áreas arrendadas que são: Fazenda Santa Felicidade, Fazenda Bela Vista e Fazenda Tietê. Agentes da Defesa Civil percorreram a as áreas plantadas e será elaborado um relatório para os agricultores comprovarem junto aos seus credores.

No município a Fazenda São José, foi a primeira a dar entrada no seguro, pela parda da lavoura de soja, onde perderam todas as plantas realizadas dentro das janelas de cultivo. A Perda histórica foi a safra 2015/2016.

A Defesa Civil conta com apoio do Núcleo Estadual de Meteorologia e Recursos Hídricos do Tocantins, por meio do Dr. José Luiz Cabral, que encontra-se a disposição da instituição. e também com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, na pessoa do Dr. Antonio Divino Moura.